
O terrorista Cesare Battisti, 64, protegido do PT que ganhou status de refugiado político concedido pelo então ministro da Justiça do Brasil, o petista Tarso Genro, desembarcou no aeroporto de Ciampino, em Roma, um dos mais longos e complexos casos da diplomacia italiana.
No último dia do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2010, o então presidente concedeu asilo político a Battisti. Após quase 38 anos de fuga e refúgio em países como França, México e, por último, Brasil, Battisti começará hoje a cumprir a pena de prisão perpétua pelos quatro assassinatos (dois deles com participação direta) no qual foi condenado.
Os ministros do Interior, Matteo Salvini, líder da Liga, partido de extrema-direita e hoje o político mais popular da Itália, e da Justiça, Alfonso Bonafede, foram ao aeroporto para recepcionar os policiais italianos envolvidos na captura de Battisti, na madrugada deste domingo, na cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra.
O terrorista será levado para a penitenciária de Rebibbia, no bairro romano de mesmo nome, distante 20 quilômetros de Ciampino. Lá, segundo confirmou o governo, ele ficará numa ala de segurança máxima, os primeiros seis meses em isolamento —seguindo as regras dos condenados à prisão perpétua.