Oi corre para publicar novo plano até quarta-feira

A Oi corre contra o tempo para tentar fechar o novo plano de recuperação judicial. Na última quinta-feira, os integrantes do Conselho de Administração da tele e a diretoria executiva chegaram a um consenso quanto às diretrizes de uma nova versão do plano. De acordo com uma fonte que não quis se identificar, ainda faltam fechar dezenas de cláusulas referentes ao processo que prevê uma capitalização mínima de R$ 9 bilhões e dará aos credores até 40% das ações da companhia.

Essa será a quarta versão do plano proposta pela companhia. Na semana passada, a diretoria executiva da tele se recusou a assinar o plano proposto pelo Conselho de Administração ao tentar diferenciar os credores internacionais (bondholders), o que acabou acarretando na saída do diretor de Finanças da tele, Ricardo Malavazi. Segundo outra fonte, a Oi tem até a próxima quarta-feira para protocolar o novo plano na Justiça, de forma a conseguir fazer sua assembleia de credores no dia 23 de outubro.

— Foram aprovadas as diretrizes do novo plano, mas ainda é preciso montar o plano e levar para aprovação. Isso tudo precisa ser feito até quarta-feira de modo que se consiga manter a assembleia de credores no dia 23 de outubro — destacou uma das fontes. As informações são de O Globo.

Na assembleia de credores, que vai ocorrer no RioCentro, na zona oeste do Rio, são esperados mais de cinco mil pessoas, entre bancos, pessoas físicas e fundos de investimento. Eles vão votar a proposta que a Oi tenta finalizar. Segundo uma fonte que acompanhou o encontro, da capitalização mínima de R$ 9 bilhões, R$ 3,5 bilhões virão dos credores internacionais (bondholders), R$ 2,5 bilhões dos atuais acionistas e R$ 3,3 bilhões serão oriundos de conversão de dívidas.

— Assim, ao fim do processo, a previsão é que ao menos 40% da Oi vá para a mão dos credores — destacou a fonte.

Mas, do outro lado, a fatia de 40% não parece ser suficiente para os credores, que, nos bastidores, estão reticentes a aprovar o plano. Dois dos maiores grupos de credores, formados por Moelis e G5, querem 88% da Oi e propuseram injetar R$ 3 bilhões na tele através de uma capitalização.

— O plano ainda não atende aos credores — destacou uma outra fonte que não quis se identificar.

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