Copa do Mundo em 2018 anima CEO da InBev

Jasper Juinen/Bloomberg

O CEO mundial da Anheuser-Busch InBev, Carlos Brito, se diz “muito animado” com os negócios no Brasil neste ano e, globalmente, com a Copa do Mundo, que ocorrerá na metade do ano na Rússia.

Em entrevista ao Valor em Davos, à margem do Fórum Econômico Mundial, Brito, que comanda a maior companhia de cerveja do mundo, diz que em 2016 o mercado brasileiro foi duro porque houve aumento muito grande de impostos e o câmbio não ajudou, elevando os custos. O ano de 2017 já foi mais positivo, embora bancos projetem queda importante no lucro da Ambev (ver reportagem Para bancos, lucro da Ambev encolheu). O ano de 2018 parece mais promissor.

“Este será um ano de Copa do Mundo e é muito bom para nosso negócio”, diz Brito, referindo-se a 2018. Ontem, o vice-primeiro ministro da Rússia, Vitaly Mutko, disse que deve ser liberada a venda de cerveja em estádios e áreas que abrigam torcedores durante a Copa, de 14 de junho 15 de julho, segundo a agência de notícias Interfax. Cerveja é a segunda bebida mais consumida na Rússia, depois da vodca. As informações são de Valor Econômico.

Quando o Brasil sediou a Copa em 2014, a Ambev, a segunda maior operação da InBev no mundo, depois dos Estados Unidos, aumentou a receita em 9,2% e o volume de cerveja vendida em 5,4% no segundo trimestre, em relação a igual período de 2013.

Brito mostrou confiar em seu portfólio de marcas e de mercados: “Temos negócio do Alaska à Patagônia e em todos os principais mercados da América Latina. Estamos crescendo na Europa. Na África, o mercado é de 1 bilhão de consumidores. Na China, um fato espetacular é que a marca Budweiser é a cerveja número um no mercado premium. Tambem é a empresa mais rentável de cerveja na China.” E nomeou países como Austrália, Índia, Vietnã, Coreia do Sul e Japão como tendo bons desempenhos.

O CEO declara-se “muito contente”‘ com o que chama de integração com a SAB (South African Breweries), comprada pela InBev em 2015. “Aprendemos muito com nossos novos colegas, estamos em países muito interessantes, temos sete das principais marcas de cerveja do mundo”, afirmou Brito. A compra da SAB Miller pela AB InBev foi uma das maiores da história. O negócio foi fechado por cerca de US$ 108 bilhões.

Brito diz que o Brasil está entre seus cinco maiores mercados, com EUA, Colômbia, China e México. “E continuaremos investindo em capacidade no Brasil, em inovação e treinamento”. Ele também pretende continuar “exportando” brasileiros ao mundo, para comandar a InBev. “É um pessoal muito qualificado, muito aguerrido e que implanta nossa cultura em todos os países”. Indagado sobre o risco de perder mercado para a Heineken no Brasil, Brito respondeu: “Gostamos de concorrência porque nosso pessoal se anima, mas temos nossos planos e nossas marcas”.

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