Erika Hilton aciona MP por open bar em camarote de Nunes com crianças

Ministério Público de São Paulo (MPSP) recebeu um pedido para investigar supostas irregularidades na contratação do patrocínio para o camarote mantido pela Secretaria de Cultura da cidade de São Paulo nos ensaios técnicos das escolas de samba no Anhembi. A representação contra o prefeito paulistano, Ricardo Nunes, partiu da deputada federal Erika Hilton, do PSol de São Paulo, e da ativista Amanda Paschoal.

A contratação do patrocínio da empresa TOP Entretenimento para o Camarote da Cultura, por R$ 2,1 milhões, implementou a distribuição de bebidas alcoólicas, no modelo open bar, em um espaço que recebeu crianças e adolescentes que participam de programas educacionais municipais. O contrato com a TOP também previa a distribuição de 25 ingressos, com consumação, para cada dia dos desfiles oficiais das escolas de samba de São Paulo.

A representação aponta que o oferecimento de itens alheios ao objeto do termo de contrato culminou na “contratação aparentemente fraudulenta, por improbidade administrativa”, do patrocínio. Erika e Amanda ainda destacaram a necessidade de o MPSP investigar se houve a distribuição de bebidas alcoólicas para menores de idade no espaço do camarote municipal.

Os primeiros questionamentos à contratação do patrocínio foram apresentados pelo urbanista Nabil Bonduki, em uma série de postagens publicadas no X (o antigo Twitter). Bonduki divulgou o parecer de um procurador do município para a Secretaria de Cultura rejeitar a contratação. A pasta, no entanto, julgou que a contratação era válida e que o investimento público resultaria em “impactos positivos significativos” para a cidade.

Na representação, Erika e Amanda declararam que os documentos referentes à contratação do patrocínio não estão no site oficial da Prefeitura e que só podem ser acessados por meio do Diário Oficial, o que infringe os princípios da transparência.

A coluna questionou a secretária de Cultura de São Paulo, Aline Torres, e a assessoria de imprensa do prefeito Ricardo Nunes sobre os pontos tratados na representação ao MPSP, mas não obteve retorno. O espaço está aberto para eventuais manifestações.

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