Ao apresentar à Justiça Federal de Curitiba denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por obras no sítio de Atibaia, que corresponderiam a repasse de R$ 990 mil em propina de contratos da Petrobras, os procuradores da força-tarefa da Lava-Jato manifestaram “estarrecimento” com as evidências de crimes praticados pelo presidente Michel Temer e pelo senador Aécio Neves, que presidia o PSDB, e afirmaram que “há indícios de manobras para ferir de morte a Lava-Jato”.
Em nota encaminhada à imprensa, os procuradores afirmam que há provas de crimes em relação a mais de 1.800 políticos e que, depois de três anos de investigação, “líderes políticos continuam a tramar no escuro a sua anistia, a colocação de amarras nas investigações e a cooptação de agentes públicos, ao mesmo tempo em que ficam livres para desviar o dinheiro dos brasileiros em tempos de crise, utilizando como escudo sua imunidade contra prisão e o foro privilegiado”. As informações são de O Globo.
Para a força tarefa, assim como a denúncia contra o ex-presidente Lula, os novos fatos são manifestação do “apodrecimento do sistema político-partidário”.
“A Força Tarefa da Lava Jato se coloca ao lado dos milhões de brasileiros indignados com essas práticas e que farão de tudo, debaixo da Constituição e da Lei, para enfrentar a corrupção”, diz a nota.