Rede deve perder dois deputados, o que inviabiliza a participação da pré-candidata em debates
A possibilidade de a Rede Sustentabilidade perder dois deputados federais iniciou uma ofensiva da ex-ministra e fundadora da sigla, Marina Silva, para atrair novos parlamentares para a legenda. O motivo é que, com as baixas, o partido da pré-candidata à Presidência não teria o número mínimo de cinco representantes para a participação dela nos debates eleitorais na TV, conforme regra aprovada no ano passado durante a reforma eleitoral.
Os deputados federais Alessandro Molon (RJ) e Aliel Machado (PR) negociam a filiação ao PSB, a convite do presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira. A expectativa é de que o anúncio da migração deles ocorra ainda nesta semana.
Com a saída dos dos parlamentares, o partido de Marina fica com apenas três representantes no Congresso Nacional: os deputados federais Miro Teixeira (RJ) e João Derly (RS) e o senador Randolfe Rodrigues (AP).
Apesar da preocupação, a Rede tem conversas avançadas com pelo menos dois parlamentares que estudam migrar para o partido, sendo um deputado e um senador. De acordo com interlocutores da sigla, a própria Marina Silva tem conduzido as reuniões de negociação, na sede do partido, em Brasília. O último encontro ocorreu na terça-feira, 20, e os nomes ainda são tratados com sigilo pelos caciques da Rede Sustentabilidade.
Além de assegurar a presença de Marina nos debates entre os presidenciáveis promovidos por emissoras de TV, os convites para parlamentares têm como objetivo fortalecer o partido em Estados no quais, hoje, a sigla não tem representação.
Coincidentemente, o PSB era um dos partidos procurados pela Rede para negociar possível aliança na eleição presidencial.
Apesar de ainda não anunciada, a filiação de Molon e Aliel é dada como certa nos bastidores dos dois partidos. Pelo lado do PSB, dirigentes confirmam, em condição de anonimato, que eles já aceitaram o convite para integrar a legenda e que o anúncio só não foi feito ainda por uma questão de divergência de datas.
As informações são do jornal O Tempo
