‘Não posso emitir juízo’, diz Gilmar sobre ministros que cobram por palestras

SAO PAULO, SP, BRASIL, 21-08-2017 11h00: Gilmar Mendes, Ministro do STF e Presidente do TSE, durante o forum 'A reforma politica em debate' realizado pelo jornal O Estado de Sao Paulo e o Centro de Lideranca Publica (CLP). (Foto: Ze Carlos Barretta/Folhapress PODER)

Antes de chegar à capital francesa, ele passou por Bucareste, na Romênia, onde participou de uma conferência internacional sobre o tema

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes afirmou nesta segunda-feira (4), em Paris, que não cobra por palestras ou aulas magnas em eventos aos quais é convidado a participar.

Em matéria publicada nesta segunda-feira, a Folhaprocurou 87 ministros dos cinco principais tribunais em Brasília. A grande maioria deles (76%) preferiu não informar se recebeu ou não pagamentos por palestras de empresas e órgãos públicos nos últimos quatro anos (2014-2017).

“Em geral, não cobro por palestra. Dar aula é tão bom, que se a gente cobrar já fica até excessivo”, disse o ministro, em conversa com jornalistas na saída de um encontro com autoridades eleitorais francesas, em Paris.

Mendes disse que a exceção acontece quando há um valor estipulado para sua participação, como quando é convidado para fazer parte de bancas avaliadoras. As informações são de MÁRIO CAMERA, Folha de São Paulo.

“Por exemplo, [recebo] se vou à USP para participar de uma banca e me entregam um cheque de R$ 300”, explicou.

O ministro disse que não iria “emitir juízo” sobre os colegas que cobram por participações em eventos de empresas ou órgãos públicos.

“Às vezes eu também organizo eventos em Brasília e chamo pessoas para participar. É a vida de estudante, de Academia”, concluiu.

Gilmar Mendes, que preside o Tribunal Superior Eleitoral, está na Europa para uma série de encontros relacionados com o processo eleitoral em diversos países.

Antes de chegar à capital francesa, ele passou por Bucareste, na Romênia, onde participou de uma conferência internacional sobre o tema. O ministro fica em Paris até a próxima quarta-feira, onde também encontra autoridades responsáveis pelas eleições na França.

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