O crediário de Renan Calheiros com a Justiça

Condenado a pagar uma multa de 95,6 mil reais por danos morais em processo movido por Mário Covas Neto, filho do ex-governador de São Paulo Mário Covas (PSDB), o senador Renan Calheiros (MDB-AL) propôs pagar o débito em 12 parcelas. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a defesa alegou que o emedebista “não detém a totalidade dos recursos financeiros para a quitação imediata da dívida”.

Ainda de acordo com os advogados, “a intenção do executado [Renan]” em encerrar a questão “de forma pecuniária, sem que seus bens sejam penhorados, o que demonstra a boa-fé e a lealdade processual, não podendo acarretar jamais no entendimento de ato atentatório à dignidade da Justiça”. A proposta de parcelamento foi apresentada na justiça do Distrito Federal.

O caso ocorreu em em 1999, quando Renan e o então governador da capital paulista trocaram acusações em torno do serviço de inspeção veicular. O parlamentar acusou Covas, um defensor da transferência da inspeção para os estados, de querer favorecer determinadas empresas.

“Pivete”

Covas rebateu e chamou Renan de “pivete”, de “figura menor” e insinuou que o senador é “ladrão”“Coloque nós dois em uma sala com mil pessoas e pergunte qual dos dois é o ladrão para ver como é que elas respondem”, segundo noticiou a Folha à época.

Na ocasião, ouvido pelo jornal sobre as afirmações feitas por Covas, Renan respondeu: “Está demonstrado que ele [Covas] realmente não entende de pivete. Pivete é o tal Zuzinha, uma espécie de chuva ácida que tem provocado a corrosão moral de Covas”.

O pedido de reparação apresentado à Justiça por Covas Neto foi julgado procedente em março de 2001, e Renan condenado a pagar a quantia de 30 mil reais —95.662,68 reais, em valores atuais.

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