Petrobras passa a alterar preço do gás de cozinha a cada 3 meses

Veja a cronologia do inferno astral da Petrobras

A Petrobras anunciou que vai alterar sua política de preços do gás de cozinha. Em vez de mudar os valores todo mês, a empresa passará a alterá-lo a cada três meses.

O GLP residencial, comercializado em botijões, será reajustado observando novos critérios, passando por uma regra de transição. A partir desta sexta (19), o preço do GLP será reduzido em 5% nas refinarias.

Segundo a empresa, o preço médio de GLP residencial sem tributos comercializado nas refinarias da Petrobras será equivalente a R$ 23,16 por botijão de 13kg a partir de sexta.

“O objetivo, conforme já anunciado, foi suavizar os repasses da volatilidade dos preços ocorridos no mercado internacional para o preço doméstico”, destacou a Petrobras em comunicado divulgado nesta quinta. As informações são da Folha de São Paulo.

Outra mudança é a necessidade de autorização do Grupo Executivo de Mercado e Preços (formado pelo presidente da Petrobras e por diretores) para reajustes acima de 10%. O grupo também pode decidir não aplicar um reajuste integralmente, caso ele seja muito elevado.

Desde que a nova política de alteração de preços do gás foi adotada pela Petrobras, o preço do produto para envase em botijões de 13 quilos subiu 67,8% nas refinarias. O gás para botijões chegou a ficar congelado por 13 anos, como estratégia dos governos petistas para segurar a inflação.

Isso resultou em um aumento de 16% do preço do botijão de gás de 13 kg, utilizado em residências, para o consumidor final, segundo o IBGE. O produto foi um dos vilões do orçamento dos brasileiros no ano passado.

O aumento variou de região para região. Em Curitiba, por exemplo, a variação foi de 5,28%, enquanto em Recife foi de 33,52%.

Aumento maior do que esse, só em 2002 (34%, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo). Naquele ano, assim com em 2017, a Petrobras inaugurou uma política de acompanhamento mais próximo das cotações internacionais dos combustíveis.

Dois em cada três pessoas com mais de 16 anos (67%) avaliam que o gás de cozinha compromete muito o orçamento familiar, de acordo com pesquisa do Datafolha. A maioria absoluta (86%) avalia que o preço subiu muito nos últimos seis meses, segundo pesquisa feita pelo Datafolha.

Na periferia de São Paulo, famílias têm usado galhos em fogões a lenha improvisados, diante do encarecimento do preço dos botijões.

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