O senador Tasso Jereissati (CE) oficializou na manhã desta quarta-feira (8) sua candidatura à presidência do PSDB prometendo criar um novo código de ética para o partido e a contratação de uma auditoria externa para fiscalização de seus integrantes.
O anúncio ocorre em meio a uma divisão interna do partido, que também tem o governador de Goiás, Marconi Perillo, como postulante ao cargo. A convenção nacional da legenda está marcada para 9 de dezembro.
Tasso adotou um discurso duro, criticando o momento político vivido pelo Brasil. “Nesses dois, três últimos anos, o que vimos foi imensa onda de escândalos de corrupção envolvendo políticos, empresários e todos os partidos”, disse. As informações são da Folha de São Paulo.
A proposta de autocrítica é vista pela ala tucana ligada ao senador Aécio Neves (MG) como uma afronta direta ao mineiro. Licenciado da presidência do PSDB desde maio, ele é alvo de uma denúncia por corrupção passiva e obstrução da Justiça.
Aécio foi gravado em março pelo empresário e delator Joesley Batista a quem pediu R$ 2 milhões. Além dele, ministros, deputados e senadores do PSDB são alvo da Operação Lava Jato.
Apesar do escândalo no partido, Tasso disse que é possível fazer política com “decência, ética honestidade e competência”.
Em breve citação, o tucano se referiu ao PT ao falar de siglas envolvidas em casos de corrupção. Disse ainda que o PSDB “foi um dos menos atingidos”.