O presidente Michel Temer (PMDB) voltou a mudar de ideia e agora decidiu ir à Alemanha no fim desta semana para participar em Hamburgo da reunião de cúpula do G-20, em um roteiro mais abreviado do que previsto originalmente, que incluía um jantar com a chanceler Angela Merkel. Temer havia desistido da viagem para articular sua sobrevida no cargo junto à Câmara.
Em função da imprevisibilidade do cenário político e da própria logística da viagem, o Palácio do Planalto ainda verifica a viabilidade de a viagem ocorrer.
Na última semana, Temer tinha optado por permanecer no Brasil para articular a derrubada da denúncia contra ele por corrupção feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Temer é investigado ainda por obstrução de Justiça e organização criminosa. As informações são de Valor Econômico.
Após delação da JBS e áudio gravado pelo empresário Joesley Batista de conversa entre ele e Temer, a Polícia Federal passou a investigar o peemedebista, entre outras coisas, por dar aval a compra do silêncio de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e por se omitir diante da confissão de Joesley de que estava subornando um procurador.
Temer ainda é suspeito de ser o destinatário de uma mala com R$ 500 mil que Rodrigo Rocha Loures foi flagrado recebendo e correndo com ela pela rua. O dinheiro era propina paga pela JBS. Loures era assessor de Temer e um de seu aliados mais próximos.