Tite supera Neymar em comerciais na TV e leva R$ 10 milhões na Copa

Tite recusou marcas concorrentes às que têm contrato com a CBF

Com quatro patrocinadores, o técnico Tite vai faturar ao menos R$ 10 milhões com a Copa do Mundo. Por causa do Itaú, que investiu milhões para comprar espaço na TV, ele deve ser recordista de aparições em comerciais durante a Copa, superando até Neymar.

O treinador recusou marcas concorrentes das que têm contrato com a CBF, diferentemente do que fez Luiz Felipe Scolari, comandante da seleção no Mundial de 2014.

Felipão estrelou em propagandas do Walmart e da Peugeot, ignorando Extra e Volkswagen, que tinham contratos com a confederação.

O atual técnico disse não para a Coca-Cola, concorrente do Guaraná, que está há décadas na CBF. Seu empresário, Gilmar Veloz, é o responsável pelas negociações.

A diretoria de marketing da entidade tentou aproximar o gaúcho da Ambev, que é dona do refrigerante oficial da seleção, mas não deu certo.

Além do Itaú, o gaúcho tem contrato com a Samsung, a Uninassau e a Cimed. Ele disponibilizou nove diárias para os apoiadores. Todas as gravações ocorreram em feriados ou finais de semana. Folha de São Paulo

Antes avesso a patrocínios, o técnico impôs algumas condições. A primeira delas foi a de que as gravações não acontecessem depois do último dia de fevereiro deste ano, quando ele queria passar a se dedicar só ao Mundial. As sondagens que chegaram depois dessa data foram recusadas, sem que propostas de dinheiro fossem colocadas na mesa.

Outra cláusula de Tite foi a de não ser garoto-propaganda de marcas de bebidas alcoólicas e outras que estivessem em desacordo com suas convicções pessoais. O técnico também colocou como premissa, diante de pedidos, que não deixaria nada gravado para o futuro, falando sobre uma possível conquista do hexacampeonato ou fracasso.

Sua atenção com o conteúdo também serviu para palpitar em comerciais de que não fez parte. No começo do mês, no início da preparação, Tite criticou a abrangência de uma ação social da MasterCard, uma das patrocinadoras da seleção brasileira.

A empresa faria uma campanha com Neymar e o argentino Lionel Messi até 2020. Cada gol deles em torneios oficiais, a partir da Copa, representaria 10 mil refeições destinadas a estudantes da América Latina e do Caribe.

O treinador afirmou à época que a ação deveria contemplar gols marcados por todos os atletas de Brasil e Argentina, não apenas dos dois astros.

Após a crítica, a empresa mudou a ação e doará 1 milhão de refeições em 2018, além das 400 mil que já foram entregues desde o início da campanha, independentemente dos gols de Messi e Neymar.

Antes da estreia da seleção no Mundial, o técnico acabou cometendo uma gafe com a farmacêutica Cimed, um dos seus patrocinadores.

“Primeiro que não tomo remédio [para dormir]. Para quem fez oito, noves cirurgias, tenho aversão [risos]”, disse ao ser questionado sobre o nervosismo da estreia.

Os valores dos patrocínios de Tite variam, mas, em geral, superam a marca de R$ 2 milhões. Na Copa passada, os contratos de Felipão eram de cerca de R$ 1 milhão cada um (R$ 1,2 milhão atual). Estima-se que o Itaú tenha investido cerca de R$ 250 milhões para “bombar” Tite, incluindo o valor gasto para comprar o pacote de Copa da Globo, que custa cerca de R$ 180 milhões. Os outros compradores do pacote foram: Brahma, Vivo, Johnson & Johnson e BR Foods.

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