Torcedor precisa poupar R$ 700 por mês até a Copa na Rússia só para voo e hotel

Como foi o sorteio de grupos da Copa de 2018

Os apaixonados por futebol que pretendem ir à Rússia acompanhar o maior evento futebolístico do mundo precisam começar a poupar, no melhor dos cenários, ao menos R$ 700 por mês.

A conta não engloba os gastos com ingressos, alimentação e transporte entre as cidades das partidas.

Este cenário também demanda dedicação. O torcedor terá que garimpar opções mais baratas de passagem aérea e hospedagem para o período do Mundial –de preferência, o quanto antes, pois a expectativa é que os preços subam conforme se aproxima a data de início do evento, em 14 de junho.

“Não tem milagre, mas é melhor planejar agora do que no mês que vem. A única coisa que não recomendamos, obviamente, é tomar empréstimo para viajar”, diz Daniel Mazza, planejador financeiro da associação Planejar.

O cuidado principal deve ser tentar pagar tudo até a viagem. “Normalmente, as pessoas viajam com quase nada e voltam cheias de dívidas. O planejamento é para que a pessoa adeque seu orçamento e viaje com tudo resolvido”, afirma Mazza.

Na compra da passagem aérea, há pouco espaço para economia. O torcedor deve ficar de olho em promoções e adquirir os bilhetes quando puder, para não pagar muito caro perto da viagem.

Em hospedagem, o poder de barganha melhora. Além de hotéis, o turista pode ficar em Airbnbs e hostels, por exemplo. “Além de baratear, o Airbnb ajuda a ter uma experiencia local. Você pode ficar na casa de uma pessoa e se integrar mais naquela cultura”, afirma Mazza.

Dá para terceirizar o trabalho para agências de viagens. A opção pode até ser melhor para evitar dores de cabeça em um país desconhecido, afirma Ricardo Rocha, professor de finanças do Insper. “Você precisa ter um apoio logístico. É um lugar longe, com uma cultura que o torcedor não está acostumado”, diz.

“As próprias operadoras de turismo se adaptaram para concorrer com sites de viagem e oferecem praticamente o mesmo preço que o turista pagaria se comprasse por conta própria”, prossegue.

Nas agências, a expectativa é que a demanda aumente agora, após a definição dos grupos da primeira fase, diz Jarbas Corrêa Júnior, vice-presidente da Agaxtur.

“Nos últimos dias, vimos um aumento da procura da ordem de 60%. Agora, depois do sorteio, isso deve crescer mais, porque muita gente estava esperando a definição para ver em que grupo o Brasil ia cair e começar a planejar a viagem”, diz.

Segundo ele, a agência vai começar a criar “pacotes mais acessíveis” para quem quiser acompanhar o evento –na Agaxtur, o pacote mais caro pode chegar a R$ 70 mil.

Na CVC, a previsão é que a procura pelos pacotes também aumente após a definição das chaves.

O Submarino Viagens registrou aumento de cerca de 20% entre 30 de novembro e 1º de dezembro nos acessos feitos na página sobre Rússia. Segundo o site, dobrou o número de pesquisas de preços de passagens aéreas com destino a Moscou em seu buscador de passagens.

O torcedor que estiver com o passaporte em dia (o documento não pode vencer em até seis meses do dia de saída da Rússia) e com o seu Fan ID (identidade do torcedor que será emitida após a compra de ingresso) não vai precisar de visto para o país sede do Mundial de futebol.

Mas isso só vale se ele chegar no máximo dez dias antes da abertura e sair em até dez dias após a final.

Para quem se organizou e conseguiu juntar o dinheiro, o ideal é pagar o máximo de despesas à vista. “E não faz sentido investir o valor. A rentabilidade em uma aplicação nesse prazo curto não vai fazer diferença”, diz Mazza.

Outra dica é começar a comprar rublo russo, para evitar oscilações cambiais. A recomendação é, todo mês, trocar um pouco de moeda para fazer um preço médio.

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