Um homem e um adolescente mataram ao menos oito pessoas e feriram outras dez em um ataque a tiros na escola estadual Professor Raul Brasil em Suzano, na região metropolitana de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (13). As vítimas são cinco alunos, duas funcionárias e um empresário. Os atiradores são ex-alunos da instituição e também se mataram —a polícia investiga a possibilidade de que um dos dois tenha atirado no outro antes de se suicidar .
As duas funcionárias foram identificadas como Eliana Regina de Oliveira Xavier, agente de organização escolar, e Marilena Ferreira Umezu, 59, coordenadora pedagógica.
Quatro alunos morreram no local (Pablo Henrique Rodrigues, Cleiton Antônio Ribeiro, Caio Oliveira e Samuel Melquíades Silva de Oliveira) e um quinto, Douglas Murilo Celestino, morreu enquanto era levado ao hospital.
O dono da locadora de carros Jorginho Veículos é Jorge Antônio Moraes, que chegou a ser hospitalizado, mas não resistiu. Há ainda outras nove pessoas feridas em hospitais da região.
As informações foram confirmadas pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, João Camilo Pires de Campos.
Os disparos começaram por volta de 9h, quando Luiz Henrique de Castro, 25, e Guilherme Taucci Monteiro, 17, foram até a locadora, atiraram no empresário e roubaram um carro, o Onix branco que aparece em imagens de câmeras de vigilância.
Então, a dupla foi até a escola, onde entraram encapuzados e dispararam contra os alunos, por volta de 9h30. No momento em que viram policiais se aproximarem, eles se mataram —a polícia ainda não sabe se os dois se suicidaram ou se um teria atirado no outro e depois atirado em si mesmo.
A dupla levava um revólver calibre 38, quatro carregadores, uma besta (espécie arma medieval que dispara flechas), machados, uma caixa que aparentava ser de explosivos e garrafas montadas como coquetéis molotov.
A Folha conversou com Juliano Simões de Santana, vizinho da escola. O morador disse que ouviu os disparos próximo ao intervalo das aulas do período matutino. “Moro ao lado, ouvi um tumulto e fui para lá. Cheguei e vi várias crianças saindo correndo ensanguentadas. Um desespero, professor, funcionário, todos correndo”, afirmou. Folha de São Paulo