Bolsonaro vai retirar indicação de líder do governo Temer para a Anvisa

O líder do governo na Câmara, deputado André Moura (PSC-SE) nos corredores da Câmara dos Deputados Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo 20/02/2017
O patrocínio da indicação de Moura é atribuído a um correligionário de Mandetta, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM) e ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE)

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) vai retirar a indicação do líder do governo Michel Temer no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa ).

Moura, que já foi condenado em quatro processos e não tem ligação com a área, foi indicado por Temer nesta semana com a intenção de que o nome fosse aprovado de forma relâmpago, mas a senadora Marta Suplicy (MDB-SP) recusou-se a marcar a sabatina dele na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), inviabilizando a manobra.

O futuro ministro da Saúde, deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), afirmou ao GLOBO que Moura não tem o perfil que o governo Bolsonaro busca para este tipo de função.

Ele disse que a indicação de outro nome será feita “no momento certo” e afirma não compreender os motivos que levaram Temer a fazer tal indicação.

— No momento certo nós vamos fazer essa indicação (para a Anvisa). Não sei quais os motivos que levaram o atual governo a indicar o nome do André Moura, mas não me parece que ele tenha o perfil esperado para aquela instituição — afirmou o futuro ministro.

O patrocínio da indicação de Moura é atribuído a um correligionário de Mandetta, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM). O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), mostrou disposição de colocar o nome em votação nesta semana, mas a decisão de Marta impediu o trâmite.

Ao anunciar sua posição, Marta criticou a indicação, afirmando ser “a quarta indicação fora dos critérios técnicos e éticos que, como presidente da CAS, recusei-me a designar relatoria para que pudesse ser encaminhada para a sabatina e respectiva apreciação, requisitos indispensáveis para a deliberação do plenário do Senado”. O Globo

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