Da força da grana que ergue e destrói coisas belas

Do PL de Jair Bolsonaro ao PT de Lula, todos se renderam ao charme de Arthur Lira. A dois meses da eleição interna, o presidente da Câmara já garantiu um segundo mandato com o apoio de ao menos 15 partidos, mais de 300 votos. Além de PL, PT e do próprio PP de Lira, subiram no mesmo palanque União Brasil, Republicanos, PDT, PV, PCdoB, PSB, Podemos, PSC, Patriota, Solidariedade, Pros e PTB. Ufa! 

Pelo menos, o pagador de impostos não será mais enganado. Essa é a verdadeira democracia brasileira, não a simulada durante a campanha eleitoral, quando os protagonistas do duelo nacional, com apoio de suas militâncias e das redes sociais, arrastam o país para uma polarização teatral — polarização fabricada, mas que muitas vezes é levada a sério por parentes, amigos e colegas de trabalho, maconheiros ou patriotas.

Nosso guerreiro Alexandre de Moraes poderá, finalmente, descansar de sua épica batalha contra caminhoneiros, tias do zap e blogueiros golpistas. Lira é garantia de estabilidade institucional.

Assim como engavetou mais de 150 pedidos de impeachment contra Jair Bolsonaro, prolongando a tragédia da pandemia, nosso Ulysses decaído garantiu um orçamento de guerra para amenizar a dor das famílias. E garantirá que o Brasil de Lula também não passe por turbulências, desde que o petista não mexa em seu butim. Nem ele nem ninguém, use toga ou não.

O Antagonista

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