Filho de prefeita de cidade do RN é assassinado a tiros

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Em meio à greve da Polícia Militar e à onda de violência que atinge o Rio Grande do Norte, homens armados cercaram o carro da prefeita de São José do Campestre, na região Agreste potiguar, e mataram o filho dela a tiros. Alan John Romão Soares, 36, era secretário municipal de Finanças e Tributação. Alda Romão (PSD) estava no carro, mas não foi ferida.

A prefeita e o filho estavam em visitação a um bairro para a entrega de um calçamento. Foi quando os assassinos, encapuzados, chegaram e cercaram o carro. Ninguém foi preso e ainda não se sabe a motivação do crime.

Em outra ocorrência, em Taipu, cidade distante 60 quilômetros de Natal, o desembargador aposentado Osvaldo Soares da Cruz, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Estado, foi vítima de um assalto seguido de sequestro-relâmpago na madrugada desse sábado (23).

Impasse. Aquartelados desde a última terça-feira (19), praças e oficiais protestam contra a falta de salários. Somente na Grande Natal, mais de 250 crimes foram registrados nestes últimos dias, entre furtos, roubos e arrombamentos. Além de exigir o pagamento em dia dos salários, os PMs também dizem que só deixam os batalhões com viaturas, materiais de proteção e armas em condições adequadas de uso. Por isso, alegam que não estão em greve, mas realizando uma ação chamada “Segurança com Segurança”.

Agentes, escrivães e delegados da Polícia Civil se uniram ao protesto e estão trabalhando em escala de plantão. Isso significa que desde o início do movimento apenas as delegacias de plantão e as regionais estão funcionando. Agentes penitenciários estão em greve, o que impede a realização de visitas e banhos de sol nos presídios do Estado.

Desde o início da paralisação, o comércio de rua na capital vem registrando vários casos de arrastões, arrombamentos e saques. Além disso, houve um pico de roubos de veículos entre quarta-feira e quinta-feira: 36 casos foram registrados, contra uma média de 20. Neste ano, o Estado registrou mais de 2.400 homicídios – o maior número da história.

O governo do Rio Grande do Norte tentou, na Justiça, obrigar os policiais a voltarem ao trabalho nas ruas, alegando que a paralisação é uma greve disfarçada. Mas, até o momento, não teve sucesso.

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