O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou o pedido do senador Romero Jucá (MDB-RR), líder do governo de Michel Temer no Senado, para arquivar um inquérito que investiga um suposto recebimento de propina em troca de lobby nos Correios para a Confederação Brasileira de Tênis. Além disso, Dias Toffoli intimou o emedebista a se manifestar sobre as suspeitas, negadas por Jucá.
Para a procuradora geral da República, Raquel Dodge, os autos trazem uma “narrativa consistente e verossímil” por parte dos denunciantes, que indicaram meios para que o crime fosse provado. As informações são da revista “Época”.
Banqueiro. Em outra investigação contra Jucá, o banqueiro José Augusto Ferreira dos Santos, ex-controlador do Banco BVA, disse à Polícia Federal que embolsou R$ 2,5 milhões enviados pela Andrade Gutierrez ao senador como propina.
Os investigadores, porém, suspeitam que Santos esteja apenas querendo livrar Romero Jucá no caso que apura irregularidades em obras de hidrelétricas do rio Madeira, em Rondônia.
Em depoimento em dezembro, o banqueiro confirmou que a Andrade o procurou porque queria fazer pagamentos à campanha eleitoral de Jucá em 2010 sem que o nome da empreiteira aparecesse. Para isso, usaria a Cia Ibatiba de Consultores, controlada por Santos, e a Probank Consultores, controlada por um sócio. O dinheiro, porém, de acordo com a versão dele, teria sido distribuído entre os sócios e usado em investimentos do grupo.
