Oito dos 13 vereadores do município de Itarema, no litoral oeste do Ceará (a 200 quilômetros de Fortaleza), foram presos preventivamente por suspeita de cometerem estelionato, falsidade ideológica e outros crimes no exercício do mandato.
As prisões aconteceram nessa quarta-feira (28) durante a segunda fase da operação Fantasma, deflagrada pelo Ministério Público do Ceará (MP-CE) com o apoio da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado
(SSPDS). Entre os parlamentares presos, estão membros da mesa diretora da Câmara.
Segundo as investigações, a Câmara Municipal de Itarema contratou funcionários fantasmas – pessoas que recebiam salário sem comparecer para trabalhar ou prestavam serviços recebendo valores em espécie por meio de
vereadores.
O MP apontou que, em geral, esses prestadores de serviço tinham alguma relação de parentesco com os parlamentares, o que configuraria nepotismo.
Na primeira fase da operação, foram apreendidos documentos que comprovaram as suspeitas e demonstraram que alguns dos funcionários fantasmas repassavam parte de seus salários para os vereadores.
Além dos mandados de prisão, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão e 32 de condução coercitiva. A Justiça de Itarema também decretou o afastamento dos vereadores e de outros servidores da Câmara Municipal envolvidos no esquema.